Lições com a Faxina do Celeiro

 Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo. João 9:25.

Meu esposo e eu decidimos limpar o celeiro. Eu sabia que isso significava levar para fora toda sobra de feno, cordões de fardos usados, sacos de ração, grãos e serragem espalhados, e esterco de cavalo. Havíamos feito isso muitas vezes antes.

Mas desta vez meu marido sugeriu que eu levasse uma vassoura e varresse as empoeiradas teias de aranha das baias e das paredes do canto onde se guardam as arreios. Foi o que fiz.

Enquanto varria, comecei a me sentir embaraçada. Sempre era eu quem queria que conservássemos limpo o chão do celeiro, mas não havia nem notado as teias de aranha! Havia camadas delas, acumuladas pelas paredes ao longo de anos. Estaria eu cega? 

Toda vez que entrava no celeiro, eu olhava para o chão, vendo se estava limpo ou não, e para os cavalos e seus baldes de água, gamelas para os grãos e grades da manjedoura.

Mas não olhava para as paredes. O Espírito Santo começou a me ensinar uma lição objetiva. Fez-me recordar a obra de Jesus, purificando minha mente do pecado. Lá estão meus pecados que nem mesmo percebo. É como se eu fosse cega.

Jesus vê todos os meus pecados, mas não os pode varrer a menos que eu saiba que estão lá e Lhe peça que faça isso. Ele os aponta gentilmente, um de cada vez, para que eu tome consciência deles. É constrangedor haver tantos que nem mesmo enxergo, mas Ele me ensina com tato e me dá a coragem de que preciso para dispor-me a vê-los junto com Ele. Quando vejo como Jesus vê e Lhe dou permissão, Ele os varre para fora.

Enquanto varria as paredes do celeiro, vi algumas aranhas correndo pelas frestas e cantos escuros. Eu sabia que naquela mesma noite elas começariam de novo a fazer teias. Quando Jesus tira meus pecados, minha natureza carnal parece ficar oculta, mas se não continuo atenta, os mesmos pecados começarão a aparecer de novo na minha vida.

Quando Jesus me conscientiza a respeito deles, eu os vejo, mesmo que finja não estar olhando. Se eu permitir, Jesus promete que, quando me mostrar o último pecado – aquele último fiozinho que talvez seja quase invisível – e eu deixar que o varra para longe, Ele matará a aranha e ficarei livre do pecado para sempre.